VERDADE SOBRE A SAÍDA DA CATEDRAL: OS POBRES NÃO SERÃO PREJUDICADOS
Eu sou o Roberto, criador do canal “Roberto no Trecho”, e decidi escrever este artigo para esclarecer algo que vem sendo repetido de forma equivocada pela Catedral: a ideia de que a população mais pobre será prejudicada com a possível saída da empresa do sistema de transporte rodoviário interestadual. Essa narrativa é falsa e precisa ser desmentida com fatos, não com discursos apelativos.
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que a Catedral não concede as gratuidades obrigatórias por lei, como o benefício para idosos, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda. Todos sabem disso. Quem viaja pelo Brasil e acompanha o dia a dia das rodoviárias sabe o quanto é difícil conseguir uma passagem gratuita ou com desconto nos guichês da Catedral. A empresa simplesmente nega o direito dessas pessoas, mesmo quando a legislação é cristalina.
Então eu pergunto: como uma empresa que não respeita as gratuidades pode se apresentar como defensora dos mais pobres? É pura contradição. A Catedral não luta pelos passageiros humildes — ela luta pelos próprios interesses. Quando fala em “prejuízo aos pobres”, na verdade está tentando sensibilizar a opinião pública e pressionar as autoridades para manter privilégios no mercado.
Outro ponto importante é que ninguém ficará sem transporte caso a Catedral deixe de operar. O sistema é regulado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), e a própria agência tem a responsabilidade de designar outra empresa para assumir as linhas e garantir a continuidade do serviço. Isso significa que as rotas não vão desaparecer e que os passageiros não serão deixados na mão.
A ANTT já deixou claro que, havendo a necessidade de substituição, outras empresas habilitadas poderão assumir imediatamente as linhas e oferecer as mesmas viagens, com o mesmo padrão de segurança e conforto — e, quem sabe, até melhor. O transporte rodoviário é um serviço público delegado, não uma propriedade privada da Catedral. Nenhuma empresa é dona das linhas; elas operam sob autorização e precisam seguir regras.
É por isso que considero totalmente enganosa a tentativa de colocar a Catedral como vítima ou como única defensora dos mais pobres. A verdade é que a empresa vem acumulando irregularidades, responde a processos e insiste em desrespeitar as normas do setor. Não é justo usar o nome da população mais carente como escudo para encobrir falhas de gestão e descumprimento de obrigações legais.
Quem realmente defende o direito dos passageiros é quem cobra transparência, regularidade e respeito às leis. É quem quer um transporte mais justo, acessível e eficiente. E eu, como comunicador do trecho, conversando todos os dias com motoristas, passageiros e trabalhadores do setor, sei que há muitas empresas sérias, dispostas a operar de forma correta e cumprir todas as regras, incluindo as gratuidades.
Portanto, a saída da Catedral não representa o fim do transporte para os pobres. Representa, na verdade, uma oportunidade de renovação, de abrir espaço para empresas comprometidas com o serviço público, que entendam que transportar pessoas é mais do que fazer lucro: é garantir mobilidade e dignidade.
Repetir a mentira de que “os pobres vão sofrer” é tentar manipular o sentimento das pessoas. Os pobres já sofrem há muito tempo com ônibus sucateados, falta de horários, preços altos e o desrespeito às gratuidades. Se a Catedral realmente se preocupasse com eles, cumpriria a lei e ofereceria um serviço decente.
Por isso reafirmo: os argumentos da Catedral são falsos. O povo não perderá nada com a saída da empresa — ao contrário, pode até ganhar um transporte melhor, mais justo e mais humano.
Assino embaixo, com a responsabilidade de quem vive o trecho todos os dias.
Sou o Roberto, do Roberto no Trecho, e a verdade precisa ser dita:
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